(ou Sobre a Ilusão)
[Luis Miguel: "Nos Hizo Falta Tiempo"]
Passou, não é? Ou não? De verdade, eu francamente não sei. Hoje seria o dia de saber se ela ainda me faz tremer, mas algo me fez evitar tal encontro, que, talvez, sequer viesse a ocorrer. Seria medo? Quem sabe? Apesar da carranca que carrego, às vezes me permito um voto de confiança aos traços de humanidade que existem em mim.
[Einstürzende Neubauten: "Haus der Lüge"]
Mas analisando friamente (Carranca - leitor. Leitor - carranca. Apresentações feitas, retornemos), vejo que não, não é medo. É algo relacionado à sacralização. O que tenho, dentro de mim, por ela, é e sempre foi algo tão bonito! "Rebaixá-la" à condição de ser humano, igual a qualquer outra, provavelmente faria com que as estrelas que iluminam aqueles olhos por detrás daqueles óculos que eu adoro se tornassem foscas. Levaria aquele sorriso a tomar traços de modelo anoréxica modificada em Photoshop. Transformaria aquele abraço que sempre me deixou sem palavras em mais uma burocracia de amigos. E isso, assumo, me assusta. Muito.
[The Mission UK: "Severina"]
Em minha preocupação pela forma de minhas produções textuais, me vejo na necessidade de descrevê-la. Talvez, algum dia, eu trate esse meu TOC literário. Pois bem: Uma suave voz de contralto; mãos pequenas; uma timidez que esconde idéias envolventemente encantadoras, de alguém que largou a segurança da profissão rentável pelo amor à educação; as tatuagens mais únicas... E se eu não me editar, este parágrafo facilmente ultrapassará o limite de linhas contido em tua paciência, prezado leitor.
[The Cure: "Cut Here"]
O fato é que ela está desfilando bela e formosa no campo das idéias. No campo da saudade que, a despeito de incontáveis mensagens, não creio que há de se desfazer, por ser igualmente bela. Existe uma "saudade Romântica". E, haja protestos ou o bom e velho "arrependa-se somente do que você tentou", eu ainda considero muito mais proveitoso o deleite dos pensamentos e das lembranças. Não quero vê-la. Não quero atualizar minhas memórias para algo que, talvez, possa não me encantar tanto quanto aquela camiseta laranja de dois anos antes...
[Joy Division: "Decades"]
E assim é. Este sou eu, despido de pudores e valores, me permitindo o direito à ilusão e ao entorpecimento, que tantas vezes são muito mais belos que a realidade.
[Spice Girls: "Spice Up Your Life"]
[Luis Miguel: "Nos Hizo Falta Tiempo"]
Passou, não é? Ou não? De verdade, eu francamente não sei. Hoje seria o dia de saber se ela ainda me faz tremer, mas algo me fez evitar tal encontro, que, talvez, sequer viesse a ocorrer. Seria medo? Quem sabe? Apesar da carranca que carrego, às vezes me permito um voto de confiança aos traços de humanidade que existem em mim.
[Einstürzende Neubauten: "Haus der Lüge"]
Mas analisando friamente (Carranca - leitor. Leitor - carranca. Apresentações feitas, retornemos), vejo que não, não é medo. É algo relacionado à sacralização. O que tenho, dentro de mim, por ela, é e sempre foi algo tão bonito! "Rebaixá-la" à condição de ser humano, igual a qualquer outra, provavelmente faria com que as estrelas que iluminam aqueles olhos por detrás daqueles óculos que eu adoro se tornassem foscas. Levaria aquele sorriso a tomar traços de modelo anoréxica modificada em Photoshop. Transformaria aquele abraço que sempre me deixou sem palavras em mais uma burocracia de amigos. E isso, assumo, me assusta. Muito.
[The Mission UK: "Severina"]
Em minha preocupação pela forma de minhas produções textuais, me vejo na necessidade de descrevê-la. Talvez, algum dia, eu trate esse meu TOC literário. Pois bem: Uma suave voz de contralto; mãos pequenas; uma timidez que esconde idéias envolventemente encantadoras, de alguém que largou a segurança da profissão rentável pelo amor à educação; as tatuagens mais únicas... E se eu não me editar, este parágrafo facilmente ultrapassará o limite de linhas contido em tua paciência, prezado leitor.
[The Cure: "Cut Here"]
O fato é que ela está desfilando bela e formosa no campo das idéias. No campo da saudade que, a despeito de incontáveis mensagens, não creio que há de se desfazer, por ser igualmente bela. Existe uma "saudade Romântica". E, haja protestos ou o bom e velho "arrependa-se somente do que você tentou", eu ainda considero muito mais proveitoso o deleite dos pensamentos e das lembranças. Não quero vê-la. Não quero atualizar minhas memórias para algo que, talvez, possa não me encantar tanto quanto aquela camiseta laranja de dois anos antes...
[Joy Division: "Decades"]
E assim é. Este sou eu, despido de pudores e valores, me permitindo o direito à ilusão e ao entorpecimento, que tantas vezes são muito mais belos que a realidade.
[Spice Girls: "Spice Up Your Life"]
Criança das estrelas.
Um bebê nascido do paraíso.