tag:blogger.com,1999:blog-29499008171809380012024-03-13T07:09:22.472-07:00H. 0.9...::TODOS CONTRA TODOS::...H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-77530349368502950732013-04-02T05:42:00.000-07:002013-04-02T05:42:03.171-07:00Ao meu comando, baionetas!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(ou <i><b>Calçando as Botas & Apertando os Cadarços</b></i>)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A mudança. A tão esperada mudança. Talvez, aquela que trará a solução para todos os problemas. Aguardada ansiosamente. Sem preocupações tampouco questionamentos éticos. Somente a ansiedade infanto-juvenil de viver tempos de paz após longos e tenebrosos invernos infernais. A mudança que fará com que todas as tristezas sejam deixadas para trás. Todos conhecemos esta mudança, mas em raras oportunidades a analisamos. Esta é a mudança do próximo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[Iced Earth: "Angels Holocaust"]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A mudança no outro diminui nosso problema. A alteração do ser e/ou parecer alheio refrigera a ardência em nossos olhos. E tão natural é esperar pelo bom senso daqueles que seguem por caminhos que ferem a outrem; esperar que eles tenham a consciência de se corrigirem, redimirem-se e tornar nossas vidas menos caóticas, que simplesmente nos esquecemos que estes terceiros podem acreditar estarem certos. E como a mudança é uma porta que só pode ser aberta pelo lado de dentro, permanecemos seguindo por caminhos de pedras, descendo em nossos tobogãs de lâminas, sem perspectiva.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[Jon Schaffer: "Stormrider"]</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-t6CafUKvEN4/UVrR0upfgqI/AAAAAAAAAEU/czW3Z7FiUEY/s1600/1_botas_ditadura_militar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-t6CafUKvEN4/UVrR0upfgqI/AAAAAAAAAEU/czW3Z7FiUEY/s1600/1_botas_ditadura_militar.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Frente a tamanho adversário (fugimos? Definitivamente não!), apresenta-se o exército. <i>O Exército de um homem só (no difícil exercício de viver em paz)</i>. Esmorecemos, por vezes trememos ao sentir a fraqueza indo embora de nossos corpos, mas cada gota de suor derramada hoje é uma gota a menos de sangue a ser derramado amanhã.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[Immortal: "Battles in the North"]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><i>Deixem que o público entre.</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-small;"><i>Deixem que a minha ópera comece. </i></span></div>
H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-75624399469447451932013-01-03T19:18:00.001-08:002013-01-03T19:18:56.705-08:00Obliteração da humanidade... Sob um céu pálido e cinza...<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(ou <b style="font-style: italic;">Tô na Área, Macacada!</b>)</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Acredito que escrever é algo tão inerente a alguns queridos, e havia se tornado tão repetitivo e seco para mim, que o pausar se fez imprescindível. E embora muitos acreditem que <i>uma pausa de mil compassos</i> seja uma forma covarde de se referir ao fim, eu, ouvinte assíduo das longas obras wagnerianas, sempre retorno. Gostaria de dizer "ressurjo tal qual a fênix mitológica", mas soou tão batido e cheio de pompa que preferi simplesmente dizer: Voltei!</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[<a href="http://www.oacasoseescondeu.blogspot.com.br/">Los Hermanos: "Conversa de Botas Batidas"</a>]</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Voltei à escrita, mais um de meus amores. <i>Voltei pra rever os amigos que um dia eu deixei a chorar de alegria...</i> Voltei a mesclar a vida, a música e a letra neste emaranhado que eu mesmo custo a entender, mas prefiro sentir. E sentir sem sentido lógico. Sem explicação científica. Sentir o <a href="http://liricass.blogspot.com.br/">lirismo</a> <a href="http://efemerodiario.blogspot.com.br/">efêmero</a> (das coisas que fazem diferença) que me faz tão bem quanto <a href="http://ferreirajamile.wordpress.com/">aquele café fresco, forte e fervendo ao som de Chopin</a>. É possível que alguns perguntem (ou que ninguém pergunte nada, o que é mais plausível) o que me levaria a sair do <i>maisdeumanode<strike>frescura</strike>comaliterário</i>, e acredito que respirar vida, em vez de ser consumido por este espaço de tempo (teoricamente destinado a vivê-la) seja a resposta mais plausível. Pessoas e pensamentos que não agregam, não ajudam e não causam no mínimo um sorriso por dia: Esqueci-me delas (<a href="http://esquece-e-vai-sorrir.blogspot.com.br/">e fui/vim sorrir</a>).</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[Ludov: "Trânsito"]</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu não sei o quanto será bom ou agradável retomar a leitura de minhas explosões e visões pouco ortodoxas, mas faço-o por mim, por estar feliz em conseguir produzir novamente e neste exato momento, sentir-me livre para redigir sem nenhum apego estético ou apelo literário. Escrevo para mim, porque sei estar rodeado de olhos lindos. Aos que esperaram, obrigado pela paciência.</span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">[Diogo Nogueira: "Lama Nas Ruas"]</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por meus amigos!</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pela minha família!</span></i></div>
H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-8532371176043359472011-08-27T21:12:00.000-07:002011-08-27T21:15:57.908-07:00Coma<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:"Georgia","serif""><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>A escrita. Ou melhor, neste caso, “a escrita sobre (no sentido de ‘a respeito de’) a escrita”. Agradaria-me absurdos que esta me fosse fluída, natural, sem preciosismos que somente refletem muita absorção de conteúdo inútil, pouca capacidade de expressão e nenhum preparo para a comunicação no mundo que ultrapassa as barreiras de meus livros alemães e canções eslovenas. Mas não é. Ela é travada, qual “um burro quando empaca no trigo”, e simples expressões de fúria, revolta e indignação, revestidas por ares de discurso em palanque, que outrora se faziam presentes tão simplesmente através do “sentar e escrever”, hoje não encontram saídas tão óbvias e simples. Paro. Pergunto: Por quê?</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:"Georgia","serif""></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:"Georgia","serif""><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Confesso a mim mesmo meu mergulho inconseqüente nos exageros e abusos, buscando algo que morreu. Buscando algo que tenha vida. Ou talvez (não sou o senhor da verdade, sequer da minha própria verdade, caso esta exista), buscando a própria vida. Não sei se a possuía e perdi; não sei se nunca a tive e agora, ela se faz presente de forma incrivelmente decepcionante; ou pior: Não sei se a beleza e a inspiração que sempre tive em minhas formas de expressão são reflexos da ausência de vida. Caso este terceiro seja verdadeiro, é “passado o ponto onde não há mais retorno (nem segundas-chances)” e resta levar Christine ao calabouço, fazendo-a escolher entre ele e eu. Resta o “segredo do anjo do inferno”. E há inúmeros maestros com suas belas canções, sem significado algum, para acalentar ouvidos delicados. Não tenho talento para isso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="font-family:"Georgia","serif"">Por tal razão, como quem sofre de um tumor na área do cérebro responsável pela expressão, uma Síndrome de Down alterada para novos candidatos a overdoses de morfina e dopamina, declara-se coma induzido, até que reflexos sejam sentidos e até que o sangue flua normalmente pelas artérias.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;text-indent: 35.4pt; "><span style="font-family:"Georgia","serif""><i>Creio ser mais uma despedida.</i></span></p><p></p>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-8280614534115339522011-04-30T15:04:00.000-07:002011-04-30T15:21:33.233-07:00KAWA TON AAYMONA EAYTOY<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Você é um exemplo. E daí? Sua inteligência tão aclamada não lhe tira do vórtice hermético baseado no Eterno Retorno, então, de que esta lhe vale? Sua bondade e retidão lhe renderam a arrogância que lhe é cara, e afasta mais determinadas chances de sucesso; seu caráter trouxe arrependimento pelo tempo desperdiçado, dedicando-se a quem não merece sequer o olhar, que dirá o pensamento. Tal caráter lhe garantiu, além disso, algumas rugas. Sua preocupação com os outros, e seus sentimentos, valores e tudo o mais, só lhe fazem afundar mais. Não se sabe se é o peso dos outros se apoiando sobre seu perfeccionismo, ou somente o reflexo de sua falta de tempo para se exercitar, que está gerando uma forma esférica, adiposa e aberrante. No geral, o resultado não se altera muito, a despeito das táticas do jogo - Tudo se resume a correr em direção ao nada </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente e </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">novamente</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Dá-me o uísque mais forte, e o cigarro mais saboroso. Nada há de se alterar, mas o arrependimento já preenche muito desta vida para que considerações sobre como vivê-la se apresentem como as algemas da vez.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><i>Dada.</i></span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-87275627641257081492011-04-03T16:10:00.001-07:002011-04-03T16:35:08.330-07:00Cotidiano Propositalmente Repetitivo<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >(ou <b><i>Ébrias & Amargas Considerações</i></b>)</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">É passada a hora das escolhas. Não há sentido em se manter dentro de sonhos que não cabem ao mundo real, a não ser como acalento para a dureza cotidiana. Tapas na cara devem deixar de ter a capa de agressões e passar a ser vistos e compreendidos como parte integrante do dia-a-dia. Como a injeção necessária e cotidiana do hemofílico. Acostumar-se com a dor, fazer dela parte do cotidiano, faz do indivíduo mais capaz de compreender os resultados da resistência e a "realidade da realidade". É cotidiano.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" >[Chico Buarque: "Pedaço de Mim"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">E o sorriso falso que se torna obrigatório e, por conseqüência, cotidiano em nossas relações mundanas e superficiais, passa a ser uma regra, até que não se saiba mais o que é real e o que é meramente burocrático. <a href="http://krippendorf.blogspot.com/2009/02/supremacia-do-gueto.html">Até que não se saiba mais quem é homem e quem é porco</a>. Isso é necessário à sobrevivência. É necessário para que o ser humano saia do ostracismo e do lamaçal faminto por fracassos e repetições tão úteis quanto uma rua sem saída para um fugitivo da polícia. Ou isso, ou o eterno retorno ao vórtice da inutilidade, do fracasso e da perfeição inatingível. Uma perfeição que está no cotidiano de todo cidadão. Mas não no seu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">[Ludov: "Da Primeira Vez"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Então, fica assim combinado: Tudo o que trouxer dor, porém se revelar formoso perante os olhos que julgam e condenam, será proclamado belo, aceito e obrigatório. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Então, fica assim combinado: Tudo o que for de quietude para a alma, mas se apresentar como inutilidade para os <a href="http://www.youtube.com/watch?v=WEL6_SuQCu8">mestres dos fantoches</a>, deverá ser sumariamente proibido. Desta forma, cria-se a vida perfeita, amarga como o mais forte e puro café e absolutamente desprovida de qualquer mágica. Mas quem se importa com a mágica? Este é um mundo de adultos. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">[Franz Listz: "Rapsódia Húngara"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><i>A criança cresceu... </i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; "><i>E se tornou "confortavelmente entorpecida".</i></span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-25845828653884495832011-02-09T17:08:00.000-08:002011-02-09T18:12:36.054-08:00A Explosão<span class="Apple-style-span">(ou <b><i>"It's better to burn out than to fade away" - Neil Young</i></b>)</span><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">[Chandeen: "Dawn"]</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">A explosão. Algo que, subitamente, cresce de maneira em geral inesperada, em velocidade maior que a supostamente coerente e, geralmente, causa estragos (a não ser que o assunto seja o milho que explode e se transforma em pipoca). As explosões, tão apreciadas pelos roteiristas de <i>Holy Wood</i>, possuem lá seu valor. Elas têm sua importância. O que seria das grandes empreiteiras sem elas? Empresas de demolição, então?? Terroristas??? Homens-bomba???? De fato, um mundo sem explosões é, de certa forma, impensável. Mas, e quanto ao ser humano normal-cotidiano-do-dia-a-dia-diário-e-semanal? Qual é a importância da explosão na vida deste ser?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">[Madeleine Peyroux: "River of Tears"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Certa vez me foi dito que as coisas somente atingem o auge de sua importância quando não estão mais entre nós [descanse em paz, meu querido cão], então, creio ser mais fácil compreender a real dimensão da explosão na vida analisando uma que não a possua. Sim, uma vida sem explosões.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">[Racionais MC's: "Diário de um Detento"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Na construção civil, as explosões geralmente eliminam prédios defeituosos e empreendimentos que não deveriam estar onde estão. No ser humano, é semelhante. Sentimentos distorcidos, propensões a cânceres, rancores, mágoas e dores em geral são expurgadas através da explosão. Sim, o ataque de fúria. A irracionalidade. O descontrole. Enfim, a explosão. Esta vem naturalmente acompanhada de alterações na voz, na expressão facial, no ritmo cardíaco, e costuma ser sucedida por lágrimas copiosas, que conforme Júlio Cortázar, vêm acompanhadas de muco (<span class="Apple-style-span">"</span></span><span class="Apple-style-span">este no fim, pois o choro acaba no momento em que a gente se assoa energicamente</span>"¹). Sem esta nauseante, todavia assaz natural seqüência à qual todos estamos sujeitos, advém a dor. Não há explosão. Advém a mágoa. Não há explosão. Advém o câncer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">[Laibach: "Drzava"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">Todos os terrores que poderiam ter ferido inocentes são contidos. Não há explosão. Nenhuma pedra desaba. O corpo padece, o cérebro implora pela alforria do controle absoluto, mas a disciplina mantém a coluna reta, as botas brilhando, a farda engomada e a explosão silenciada. Não há explosão. Em nome da... Em nome do quê mesmo??? Ah, sim, do altruísmo, da bondade e da resiliência. As vidas ao redor continuam, inabaladas por aquela explosão que não ocorreu. Não há explosão. Mas o que não explode, implode. E mesmo <a href="http://www.youtube.com/watch?v=vzo-zLnn00c">novos prédios caem</a>. Não há explosão. Haverão, ao acaso, balas de canhão em honra da vida que não explodiu, mas desapareceu aos poucos? Não há explosão. A vida que desaparece aos poucos é como o membro lentamente corroído pelo verme, pela chaga, pelo tumor; a pele lentamente dominada pelo vitiligo. Somente quem a vê todos os dias se dá conta de seu desaparecimento. Somente quem tem os pratos da balança pendendo cada vez mais para o lado da leveza, enquanto o algoz ganha quilos de gordura com seus mantimentos, sabe e reconhece a violência do verme devorador... E a necessidade da explosão do expurgo. Mas não há explosão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span">[Einstürzende Neubauten: "Die Explosion im Feistpielhaus"]</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span"><i>Aber es gibt keine Explosion.</i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span">___________________________________________________________________</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small; "><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">¹CORTÁZAR, Júlio in <i>Histórias de Cronópios e de Famas</i>.</span></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">___________________________________________________________________</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">Em virtude de minha pouca paciência e tempo, associadas à má vontade do <i>Blogger</i>, as próximas postagens não terão a tradicional formatação. Agradeço a compreensão.</span></span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-18887097002895499202011-01-23T18:40:00.000-08:002011-01-23T19:35:45.194-08:00Dysangelium<div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">(ou <strong><em>Sobre o Feio, o Triste, o Incômodo, o Mau e o Apático</em></strong>)</span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"><spam><span style="font-family:georgia;">[Therion: "Wine of Aluqah (Live)"]</span></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></spam><span style="font-family:georgia;"></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><spam><span style="font-family:georgia;">Ah, a arte. A arte e seus ideais. Ideais de beleza. Beleza e perfeição. Perfeição clássica. Clássicos gregos, romanos e... Há algum outro? Outro conceito imutável e perfeito? Perfeito como a definição dos músculos e feições do Adão de Michelangelo na Capela Sistina? Capela que é agradável aos olhos e incita sentimentos bonitos, felizes, cômodos e bons a todos. Não? (Oh, céus, será este o prelúdio de mais um texto enfadonho sobre a relatividade da beleza, a hermenêutica e outros conceitos técnicos, com palavras rebuscadas, tão interessantes quanto dançar com a irmã mais nova??? Dai-me paciência para ler isso até o fim...)</span></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Massive Attack: "Butterfly Caught"]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="color:#cccccc;"><large><span style="font-family:georgia;">Incômodo. </span></span></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Esta é a palavra que rege o presente texto. </span></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">A tônica, diria eu. </span></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Simplesmente por se contrapor à que rege o que não me agrada: </span></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">A inércia.</span></span></div><div align="center"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="center"><span style="color:#333333;"><span style="color:#cccccc;"></large><span style="font-family:georgia;"></span></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Coquetel Acapulco: "Campo Minado"]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Cansado do feio do dia, do triste do cotidiano e do incômodo presente na vida adulta, acabo preferindo o vazio da mentira. Mentira que engorda, atrofia as articulações e leva à hipertensão. Por isso, voto na dor. Voto em tudo o que incomodar. Tudo o que fizer movimento, e causar movimento. Porque sou mimado e não quero ninguém dormindo. Não enquanto há algo que possa ser feito para minimizar a existência do feio, do triste, do incômodo e do mau, e desta forma, a necessidade de sua atuação na vida. </span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Lucio Dalla: "Caruso"]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="right"><em><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Sê sempre disseminador do Dysangelium...</span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em> </div><div align="left"><em><span style="color:#cccccc;">_________________________________________________________________</span></em></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;font-size:85%;color:#cccccc;">E mais uma vez, o Blogger não está colaborando. perdão pela formatação desagradável. Html, um dia beijarás meus pés...</span></div><div align="left"><span style="font-size:78%;"></span></spam></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-1524755300554907172011-01-14T17:31:00.000-08:002011-01-14T18:55:09.424-08:00Memento Mori<div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;">(ou <strong><em>Quando Mesmo os Sorrisos Machuca</em></strong></span><span style="color:#cccccc;"><strong><em>m</em></strong>)</span><br /><br /><span style="color:#333333;">[Milionário & José Rico: "Sonho de um Caminhoneiro"]</span><br /><span style="color:#333333;"></span><br /><span style="color:#cccccc;">Ele abre a boca, mas as palavras não vêm. Elas permanecem. Permanecem dentro dele, criando um vórtice, aquela úlcera aguda, <em>esta espiral mortal</em> que gera desespero a mais ninguém a não ser o próprio. E ele segue. Segue desta forma, caminhando pelo caminho dos bons e dos corretos, pois a dor de ferir a outrem pode ser mais insuportável. Se suportara a de ser o pária por tantas vezes, porque não poderia ser esta a cruz à qual o Senhor Seu Deus lhe houvera designado? Não há cruz mais pesada do que o que podemos suportar. Assim é. Assim sempre foi. Assim. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Sigur Rós: "Hafsól"] </span><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><br /><span style="font-family:georgia;">Mas o que poderia acontecer se a boca se abrisse e os feixes, tiros, palavras ou sabe-se-lá-o-quê, atingissem às pessoas deliberadamente, não importando nome, parentesco ou suposta participação especial na novela de sua vida? Seria o início do fim? A descaracterização, talvez? A destruição, quem sabe? Só Deus sabe. Só Deus sabe? Infelizmente, a relação de ambos não era das melhores, e mais infelizmente, Deus paradoxalmente não havia lhe dado muita fé. Então, desprezando as tradições, abandonando as crenças, seguindo um controlável, mas não desejável, desejo iconoclasta... A boca se abre e as cruzes se quebram. Que haja misericórdia...<br /></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"><br /><span style="font-family:georgia;">[Chandeen: "Love at First Sight"]<br /></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><br /><span style="font-family:georgia;">Verdades, dolorosas verdades, vêm à tona. Faces mais tenebrosas que as presentes nos piores pesadelos passam a ilustrar o semblante daqueles que por tantas vezes pareceram simples títeres do Senhor do Escárnio. E, pela primeira vez, ele sente ódio, e não se sente mal por isso. É orgânico. Verdadeiro. Arremessa a cruz que sempre carregou com tanto pesar e esmaga o crânio do primeiro inocente que lhe cruza o caminho. Inocente? Há inocentes? Ele se lembra que todo ser humano nasce manchado pelo pecado original de Eva & Adão; e se lembra que isso é o que dizem os que seguem a Moisés, Abraão & Jacó; e se lembra que a coerência é um grilhão - mais um - a ser quebrado. E o quebra! Graças a Deus! </span></span><span style="color:#333333;"><br /><br /><span style="font-family:georgia;">[Sari Ska Band: "Emo"]<br /></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><br /><span style="font-family:georgia;">A dor permanece. Talvez, seja a dor da exposição ao sol, citada por Platão em sua historinha da caverna. Quem sabe, seja a falta de costume de caminhar sem os grilhões originais. Talvez, seja o peso de caminhar sozinho, visto que cruzes, por maiores e mais pesadas que possam ser, de certa forma, bancam as companheiras por vezes. Talvez seja o fardo que poucos ousam carregar. O de ser quem se é.<br /></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"><br /><span style="font-family:georgia;">[Seán Ó Riada: "Ghaoth Aneas"]<br /></span></span></div><div align="right"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="right"><span style="color:#cccccc;"><em><br /><span style="font-family:georgia;">Memento mori...</span></em></span></div><div align="right"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"><em>Se quiseres manter tua dor, porém, de forma autêntica.<br /></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;">___________________________________________________________________</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><small><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">O trabalho tem me impedido de postar e comentar em seus blogs com maior regularidade. Peço perdão e espero que saibam que admiro muito os que aqui estão <em>linkados</em>. Sorrisos no coração de todos!!!</span></small></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-927803801609306232010-11-07T12:02:00.000-08:002010-11-07T12:10:22.119-08:00Arch Enemy: "Dead Bury Their Dead"<div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">(ou <em><strong>Redenção</strong></em>)</span></div><div align="justify"></div><div align="center"><i><span style="color:#006600;"><span style="font-family:georgia;">I leave the anguish behind<br />Scars are healing - I am set free<br />The chains of guilt are in the past<br />They no longer have a hold on me<br /><br />Dead bury their dead<br /><br />I walk through Elysian Fields<br />The light is shining on me<br /><br />Dead bury their dead<br /><br />Time marches on...</span><br /></span></div></i><div align="center"><span style="color:#006600;"><span style="font-family:georgia;"><i>Dead bury their dead</i> </span></span></div><div align="center"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">___________________________________________________________________</span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="right"><em><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">E assim, os mortos são enterrados.</span></em></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-14260768659459233212010-11-07T09:55:00.001-08:002010-11-07T12:15:42.034-08:00Querido Diário<span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;">(ou <strong><em>Arrogância, Onipotência e Mediocridade em 1998</em></strong>)</span><br /></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Tristania: "My Lost Lenore"]<br /></span><br /><span style="color:#cccccc;">Querido diário, hoje eu vi uma menina... ai, tão bonita! Ela usava óculos e uma blusa preta, com uma faixa amarela e outra vermelha! Eu adoro essas cores! Ela parecia bem inteligente, e eu adoro meninas inteligentes! Eu acho que elas são diferentes das outras meninas que só querem ser cópias umas das outras... Ai, eu acho isso tudo tão sem graça, sabe? Aí, eu respirei fundo e fui conversar com ela! =) Mas ela era igual às outras meninas... =( (minha mãe deitou na cama agora, do lado da janela. O sol bateu na camiseta amarela dela e agora a casa tá toda amarela! Uma vez eu falei disso, sabe, esses negócios de ótica, pro meu pai, mas acho que ele não se interessou muito...).</span><br /></span><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Sigur Rós: "Hafssól"]<br /></span><br /><span style="color:#cccccc;">Ai, então, eu tava falando da menina, né? Então, ela também queria ser igual a todas aquelas outras que só falam besteira, tiram sarro de todo mundo na escola, se acham as mais bonitas e são populares com todos os caras idiotas. Ela só não conseguia. Eu não entendo como uma pessoa pode ter tudo pra ser legal e ainda assim querer ser medíocre (uma vez, usei essa palavra, junto com "olor" em uma redação. A professora escreveu que estava errado. Ai, eu fiquei com tanta raiva dela! Como ela pode ser professora de português e não saber o que é "olor". Só porque eu não tenho curso superior que nem ela, eu tenho que ser burro??? Eu tenho que ser "beócio"??? Na próxima redação, vou usar "verossimilhança", e quero ver a professora falar que essa palavra não existe!!!).<br /></span></span><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Orquestra Brasileira de Música Jamaicana: "Ska Around the Nation"]<br /><br /></span><span style="color:#cccccc;">Eu acho que sei porque ela quer ser que nem as outras meninas. Elas estão sempre rindo, mesmo que seja de alguém. Que nem os caras que nem sabem a diferença entre física, química e biologia, eles estão sempre rindo, porque acham tudo engraçado. Desrespeitam os idosos, mentem, são preconceituosos e machistas, e acham tudo legal. O mais incrível é que até as meninas acham isso legal. Eu não entendo! Juro! Mas tudo bem, que os medíocres se juntem, sejam mediocremente felizes e tenham vários mediocrezinhos para povoar mediocremente o mundo. Quando eu falei isso para a professora de educação física (ela veio me perguntar por que eu não jogava com os outros na aula e eu disse que eles me davam nojo), ela disse que eu me achava "onipotente". Antes eu me achar onipotente que ela ser "omni-estúpida", né? Mas, onipotente ou não, eu fiquei triste pela menina. Será que vai ser assim com todas? Elas com os "pequenos-homens", enquanto eu permaneço eternamente o "grande-menino"?<br /></span><br /></span><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Lacrimosa: "Schuld und Sühne"]<br /></span><br /><span style="color:#cccccc;">Perguntei pro meu pai sobre essa história de "homem crescido", e ele mandou eu "parar de frescura". Acho que esse deve ser o primeiro passo para ser "homem crescido"; parar de frescura. Cada vez mais eu vejo que o "mundo" é formado por gente repugnante. Eu acho que, se tem tanta gente que eu não gosto, o problema deve ser comigo. Mas se, para que as pessoas gostem de mim, para ser simpático e popular, eu precise ser um beócio que nem os que estão ao meu redor o tempo todo, eu prefiro ser o chato, arrogante, esquisito, aberração e "onipotente".<br /></span></span><br /><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Ordo Rosarius Equilibrio: "Harvesting the Crop, the Chaste Veredict of Negligence"]<br /></span><br /><span style="color:#cccccc;">Tá tarde. Tenho alguns capítulos de Reis para ler. Tá acabando!!! Boa noite!!!<br /></span><br /><span style="color:#333333;">[Lacrimosa: "Copycat (Extended Version)"]<br /></span></span></span><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:georgia;"></span></span></div><span style="font-family:arial;"><span style="font-family:georgia;"><div align="right"><br /><em><span style="color:#cccccc;">Diário de guerra de Allan Mor.</span></em></span></span><br /><br /><span style="color:#cccccc;"><span style="font-family:georgia;">___________________________________________________________________<br /><em><span style="font-size:85%;">Retirado de um antigo diário e postado a título de reflexão. A assinatura usada é referência à minha primeira banda falida, Mor T.L.S., cujo nome não representa absolutamente nada</span></em></span><em><span style="font-size:85%;">.</span></em></span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-55639288213159739352010-09-20T16:03:00.000-07:002010-11-07T12:16:42.618-08:00Resoluções Sagradas II.<div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">(ou "<strong><em>Viver é melhor que sonhar" - Elis Regina</em></strong>)</span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[2525]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"><span style="color:#cccccc;">Mágico.</span> Não se pode fugir. Nada conspirava para o acontecido. Era uma noite extremamente fria em São Paulo, termômetros marcando 10°C. Na realidade, poucas pessoas suporiam abandonar suas felpudas cobertas naquela noite. Mas a efêmera presença de um grande companheiro neste Estado me levou a repensar a possibilidade e ir rumo ao desconhecido naquela noite. Descemos do ônibus e eu (que não trajava meu habitual uniforme noturno, munido de cabeça raspada, coturnos e suspensórios; mas sim, me assemelhava a algum designer gráfico, mesclando terno, gravata e calçados não-convencionais) ouvi, ao longe, meu nome. Uma voz de contralto...</span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Final Countdown]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Minha miopia me deixou em dúvidas, mas minha apurada audição não deixava espaço para perquirições. Era ela. Com seus olhos, por detrás daqueles novos óculos que eu adorei, iluminados pelas mesmas estrelas. Com o mesmo sorriso indescritível que me deixa sem fôlego e sem saber o que pensar. Com aquele abraço que, por mim, duraria a noite inteira. A vida inteira se possível! A eternidade, se satisfeitos meus anseios!!!</span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Alle Gegen Alle]</span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Dúvidas se desfazem, e deixam espaço para algo maior que a amizade e a saudade, e diferente de qualquer expectativa. É algo que não sei o nome. "É algo que só sei sentir". É diferente do que existiu em 2008, mas é lindo. Igualmente lindo. Trazer esta nova pessoa para minha nova vida é uma nova experiência que me faz saborear um novo receio, mas eu sigo. Um juramento foi feito. Um juramento que galáxia alguma poderia quebrar. E este novo eu quer saber o que é a nova ela.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Mars on River Drina]</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#333333;"></span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Ela dança em meus sonhos.</span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#cccccc;"></span></em></div><div align="left"><span style="color:#cccccc;">___________________________________________________________________</span></div><div align="left"></div><div align="left"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="left"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">Escrito ao som de <em>NATO</em>, álbum de 1994 da banda eslovena Laibach.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">____________________________________________________________________________________</span></div><div align="justify"></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;"></span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">PS: Este post será formatado conforme o padrão que vem sendo seguido neste blog, </span><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">assim que meu computador colaborar.</span></div><div align="left"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">____________________________________________________________________________________</span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">PPS: </span><span style="font-size:85%;color:#cccccc;">Cansei. Não vou formatar porra nenhuma. Grato pela compreensão.</span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-86278157131842585672010-08-20T21:07:00.000-07:002010-08-20T21:30:03.861-07:00Resoluções Sagradas.<div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-family:georgia;">(ou <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Sobre a Ilusão</span>)<br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Luis Miguel: "Nos Hizo Falta Tiempo"]</span><br /><br />Passou, não é? Ou não? De verdade, eu francamente não sei. Hoje seria o dia de saber se ela ainda me faz tremer, mas algo me fez evitar tal encontro, que, talvez, sequer viesse a ocorrer. Seria medo? Quem sabe? Apesar da carranca que carrego, às vezes me permito um voto de confiança aos traços de humanidade que existem em mim.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Einstürzende Neubauten: "Haus der Lüge"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Mas analisando friamente (Carranca - leitor. Leitor - carranca. Apresentações feitas, retornemos), vejo que não, não é medo. É algo relacionado à sacralização. O que tenho, dentro de mim, por ela, é e sempre foi algo tão bonito! "Rebaixá-la" à condição de ser humano, igual a qualquer outra, provavelmente faria com que as estrelas que iluminam aqueles olhos por detrás daqueles óculos que eu adoro se tornassem foscas. Levaria aquele sorriso a tomar traços de modelo anoréxica modificada em Photoshop. Transformaria aquele abraço que sempre me deixou sem palavras em mais uma burocracia de amigos. E isso, assumo, me assusta. Muito.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[The Mission UK: "Severina"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Em minha preocupação pela forma de minhas produções textuais, me vejo na necessidade de descrevê-la. Talvez, algum dia, eu trate esse meu TOC literário. Pois bem: Uma suave voz de contralto; mãos pequenas; uma timidez que esconde idéias envolventemente encantadoras, de alguém que largou a segurança da profissão rentável pelo amor à educação; as tatuagens mais únicas... E se eu não me editar, este parágrafo facilmente ultrapassará o limite de linhas contido em tua paciência, prezado leitor.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[The Cure: "Cut Here"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">O fato é que ela está desfilando bela e formosa no campo das idéias. No campo da saudade que, a despeito de incontáveis mensagens, não creio que há de se desfazer, por ser igualmente bela. Existe uma "saudade Romântica". E, haja protestos ou o bom e velho "arrependa-se somente do que você tentou", eu ainda considero muito mais proveitoso o deleite dos pensamentos e das lembranças. Não quero vê-la. Não quero atualizar minhas memórias para algo que, talvez, possa não me encantar tanto quanto aquela camiseta laranja de dois anos antes...</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Joy Division: "Decades"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">E assim é. Este sou eu, despido de pudores e valores, me permitindo o direito à ilusão e ao entorpecimento, que tantas vezes são muito mais belos que a realidade.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Spice Girls: "Spice Up Your Life"]</span><span style="font-family:georgia;"><br /><br /></span><div style="text-align: right; font-style: italic;"><span style="font-family:georgia;">Criança das estrelas.</span><br /></div><div style="text-align: right; font-style: italic;"><span style="font-family:georgia;">Um bebê nascido do paraíso.</span></div></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-74809312410360677442010-08-12T10:25:00.000-07:002010-08-20T21:31:15.812-07:00Venero-te. Renego-te.<div style="text-align: justify;"><span class="status-body"> <span class="status-content"> <strong><a href="https://twitter.com/Jackieruiva" class="tweet-url screen-name"></a></strong><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" class="entry-content" >(ou <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">"O mistério do amor é maior que o mistério da morte." - Oscar Wilde</span>)</span></span></span><br /><br /><div style="text-align: right; color: rgb(0, 102, 0);">“Eu posso ver claramente agora – uma visão, de fato, dolorosa.”<br />Iced Earth: “<a href="http://www.youtube.com/watch?v=q2Le0KbKVy4">The Prophecy</a>”<br /></div><span style="color: rgb(51, 51, 51);"><br />[L'Homme Revolte]</span><br /><br /><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 204, 204);font-family:georgia;font-size:180%;" >O</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" ><span style="color: rgb(0, 204, 204);"> </span>mundo fala a respeito dele. Ocorre desde tempos imemoriais sua banalização, embora eu não saiba se, em algum momento da História ele teve a importância e o tratamento “corretos” (se é que isso existe). As infinitas e incorrigíveis tentativas de universalização do pensamento, sentimento e do ser costumam tomá-lo como a verdade absoluta. Ele é o clichê mais tradicional já criado, o que me leva a ponderar acerca de seu aparecimento entre minhas palavras, geralmente carregadas de uma agressividade que me é cara. Mas se a quebra de paradigmas se torna uma necessidade da qual não se pode fugir, paradoxalmente, essa quebra se torna outro paradigma. Logo, que se quebre o paradigma paradoxal. E que, contra qualquer expectativa de quem acompanha minhas palavras, parafraseie eu o “Excelentíssimo Síndico” Sebastião Rodrigues Maia: “<a href="http://www.youtube.com/watch?v=sfAFiJ9EE-Y">Vamos falar de amor.</a>”</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Le Chatiment du Traitre]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >O amor me é sagrado. Beatifico, canonizo e deifico-o. Tal divindade, por sua divindade, é envolta em perfeição. Eis o início de todos os problemas. Qual seria a taxa de mortalidade de um amor perfeito em humanos imperfeitos? É difícil imaginar, de forma racional, a perfeição. Somente quando arrebatados pela insânia patológica tal idéia (acompanhada por outro ser mantenedor de tal patologia) parece fazer algum sentido. E como não há verdade na universalização (é verdade, juro), eu me limito à análise, somente.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[L'Assassin]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >“Você acredita em amor? Você acredita em destino? O amor verdadeiro só pode vir uma vez em mil vidas. Eu já amei. Tomaram-na de mim. Rezei por sua alma. Rezei por sua paz.” – Drácula de Bram Stoker me leva a crer n’um amor próximo deste que tenho por sacro. Tão sacro que parece se manchar com as imperfeições da humanidade. Mantenhamo-lo nós livre, portanto, deste claustro da carne e suas impurezas que tanto nos divertem. Por que não? Por que crer (a pergunta sem resposta daquele que paradoxalmente tem como maior crença a “não-crença”) em sua associação com raiva, ciúmes, posse, dor e outros sentimentos, sensações e reflexos do lobo temporal tão possivelmente desagradáveis? Por que não simplesmente admirá-lo como o <a href="http://liricass.blogspot.com/2010/07/o-amor-maria.html">pássaro livre</a> de nossas culpas (nossas tão grandes culpas)? Parece existir a necessidade novamente patológica de tomá-lo entre nossos braços, olhos, coxas e sentidos, para que quando ele finalmente morrer, haja provas de sua vida (algo próximo do que Guimarães Rosa falou). O saber e o sentir não são suficientes? Há de fato o dever para com a prova? O barbudo da Galiléia tentou explicar sobre isso, se não me falha a memória (faz algum tempo que não visito aquelas bandas), mas infelizmente parece ter falhado.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Les Deracines]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Neste ponto, caro leitor, deves pensar que mais uma vez, como já lhe deve ser comum, a arrogância tenha me tomado de assalto. Não te culpo por pensar assim. Não sou muito bom em transmitir o que penso de forma simples, por meu pensar não me ser simples. Todavia, se crês que me relativizo à perfeição deste amor que sacralizo, erras. Sou tão imundo quanto o resto da humanidade, e com ela devo ser destruído se, algum dia, esta divindade de fato exercer seu poder e dominar este mundo. Este “Amor-Perfeito”.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Le Vertige du Vide]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Porém, esta é a visão do amor perfeito. O amor sagrado. O amor que vagueia pelas minhas idéias e já visitou meus outros sentimentos. O amor que morreu no abismo entre o coração e a mente. E, deste amor, mantenho a distância sagrada, referente ao respeito entre o fiel e seu deus. Ele não mais me toca (ou eu não mais creio na ilusão de seu toque), e a minha busca por perfeição tomou rumos diferentes da dele. Talvez porque se “há tantos loucos com tantas verdades”, deve haver uma verdade que me sirva. Uma verdade diferente desta sacralização cega. Uma verdade cheia de imperfeições que me façam mais rir que chorar.</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" ><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Les Exigences de la Foi]</span><br /><br /></span><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:georgia;" >Ou,<br />se em improvável desespero,<br />talvez uma mentira.<br /><br />____________________________________________________________________<br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" ><br /></span></span><div style="text-align: right;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size:85%;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Escrito há muito tempo, e re-editado o som de <span style="font-style: italic;">Nos Chants Perdus</span>, álbum de 2010 da banda luxemburguesa Rome.</span></span><br /></div><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:georgia;" ><span style="font-style: italic;"></span></span></div><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:georgia;" ><span style="font-style: italic;"></span></span><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;font-family:georgia;" ></span></div></div></div></div><span class="status-body"><span class="status-content"><span class="entry-content"></span></span></span></div><span class="status-body"><span class="status-content"> </span> </span>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-77534077999404670582010-08-11T16:36:00.000-07:002010-08-11T17:03:50.885-07:00A Seqüência do Pecado<div align="justify">O fato é simples. Havia um texto sensacional aqui, com o título acima. Doloroso e pungente. E a arrogância, de fato, me toma ao avaliá-lo. Todavia, o <em>Blogger</em> me odeia e esta é a quarta ou quinta criação que simplesmente <strong>DESAPARECE</strong>. Sim, os textos têm desaparecido sem deixar vestígio algum em área de transferência, rascunhos ou qualquer outro local da rede. Então, declaro que somente voltarei com minhas infrutíferas tentativas de postagem quando meu computador estiver em boas condições. Agradeço às visitas (Day, Dita, Jaya, Naná, Manda, Pri, Marcão, Mi, Lucas e quem talvez tenha visitado este <strong>Hzeronove</strong>, mas não tenha se identificado) e espero ansiosamente pela boa vontade deste servidor que esgotou as últimas gotas de minha consideravelmente grande paciência.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="right"><em>Até o retorno.</em></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-16481664635742351332010-04-21T21:36:00.000-07:002010-04-21T23:59:34.787-07:001962 - 2010<div align="justify"><span style="color:#006600;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;">(Ou <strong><em>Relação Metalingüística com "Everything Dies"</em></strong>)</span><br /><br />É com grande tristeza que informamos que o baixista e <em>frontman</em> do Type O Negative, e nosso companheiro de banda Peter Steele faleceu ontem à noite do que parece ser uma insuficiência cardíaca.<br /><br />Ironicamente Peter vinha desfrutando de um longo período de sobriedade e melhoras de sua saúde, e em breve deveria começar a escrever e gravar músicas para o nosso próximo álbum, sucessor de "Dead Again" lançado em 2007.<br /><br />A causa oficial de sua morte ainda não foi determinada, em pendência dos resultados da autópsia. Os serviços funerários serão privados e serviços de memorial serão anunciados em data futura. Gostaríamos de compartilhar nossos pensamentos e os da família de Peter abaixo.<br />Estamos realmente entristecidos por perder nosso amigo e apreciamos o tremendo derramamento de lágrimas ao redor do mundo hoje.<br /><br />Sinceramente,<br /><br />Josh, Kenny & Johnny.<br /><br /><br /></span></span></div><br /><div align="right"><span style="font-family:georgia;color:#006600;">Traduzido livremente do </span><a href="http://www.typeonegative.net/index.php"><u><span style="color:#006600;"><span style="font-family:georgia;"><u><em>site</em> oficial da banda</u></span></span></u></a><span style="font-family:georgia;color:#006600;">, </span></div><div align="right"><span style="font-family:georgia;color:#006600;">acessado em 15 de abril de 2010.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Black N°1]</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Sem pudor algum para evitar elucubrações poéticas, me permito simplesmente despejar sentimentos de forma livre, como em um imaginário <em>brainstorming</em> dadaísta. Primeiramente, para a compreensão de minha enxurrada sentimental, creio ser necessário um breve histórico acerca da figura principal a quem tal texto se refere: Peter Steele.</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Christian Woman]</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Peter Steele, nascido Stalin (posteriormente Petrus e, finalmente, Peter) T. Ratajczik em 4 de janeiro de 1962, no Brooklyn, bairro de Nova Iorque, EUA, foi um dos músicos mais influentes na cena do Metal mundial da década de 1990. Descendente de russos, escoceses e poloneses, o baixista, vocalista e principal compositor do Type O Negative influenciou 9 entre 10 bandas do chamado "Doom Metal", mas sempre mantendo seu som com personalidade, força e, sobretudo, sentimento. O 3° álbum do Type O Negative, "Bloody Kisses", de 1993, recebeu disco de platina, elevando a banda a níveis de sucesso inimagináveis para qualquer egresso da marginalizada cena Hardcore/Punk/Thrash Metal do Brooklin. E em 15 de abril de 2010 é confimada sua morte, para tristeza de inúmeros fãs, como eu, que, ao longo de tantos anos, vêm tendo grande admiração por seu irrepreensível trabalho. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"></span><span style="color:#cccccc;"><br /></div></span><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[The Glorious Liberation of People's Technocratic Republic of Vinnland by the Combined Forces of the United Territories of Europe]</span> </span></span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><span style="font-family:georgia;"></div></span></span><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Receber uma mensagem SMS com a frase "Peter Steele morreu" me fez refletir sobre a </span><a href="http://www.efemerodiario.blogspot.com/"><u><span style="font-family:georgia;color:#006600;"><u>efemeridade</u></span></u></a><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"> do que de fato apreciamos. O que leva o indivíduo a projetar em ídolos, tão humanos quanto ele, tal adoração? No meu caso, é possível dizer que me via nas letras, e o som parecia falar diretamente com minha alma. Ouço a banda desde 2000, minha identificação musical e lírica sempre foi muito intensa, e imaginar que ver tal show, ou cantar junto com Peter (que sempre exerceu sobre mim grande influência como baixista, vocalista, letrista e modelo de hipertrofia muscular) letras que me fizeram poderar sobre meu modo de viver, pensar e agir, causa imensa tristeza. Por quê? Seria necessário um luto infindável, para que aqueles que não compreendem (e talvez jamais venham a compreender) como é possível que algo tão simples como a música possa mudar a vida de um indivíduo, venham a caçoar e ridicularizar? Neste momento, perdão, mas palavras oriundas de mentes & corações ignorantes não me importam. </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#333333;">[Unsuccessfully Copying With the Natural Beauty of Infidelity (I Know, You're Fucking Someone Else)]</span> </span></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span> </div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"><span style="font-family:georgia;"></div></span></span><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Me importa parar e ouvir saudosamente tantos discos com capas pretas & verdes que eu, aos 15 anos de idade, juntava um suado dinheiro para garimpar nas lojas do centro de São Paulo. Me importa aquela inconfundível seqüência de Mi, Sol, Si & Lá, tocada ao contrabaixo, e fazendo a platéia gritar alucinadamente <span style="font-size:130%;">"<strong>BLACK! BLACK! BLACK! BLACK NUMBER ONE!"<span style="font-size:100%;">.</span></strong></span> Me importa o orgulho estúpido que tenho de meu sangue ser Tipo O Negativo. Me importa relembrar como sorri com a alma naquele 14 de outubro de 2001 (e não como chorei no dia 14 de abril de 2010), ao comprar meu primeiro álbum deles, o clássico e já citado "Bloody Kisses", pela bagatela de R$ 14,00. Me importa imaginar como fiquei curioso ao ver aquele </span><a href="http://image.maniadb.com/images/album/183/183820_1_f.jpg"><span style="font-family:georgia;color:#006600;"><u>estranho desenho</u></span></a><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"> na camiseta de um rapaz ao atravessar a ponte Jurubatuba n'uma tarde de sábado em 1998, e quis saber do que se tratava. Me importa como eu achava incrível a simplicidade dessa banda, e em especial, desse vocalista, que só usava quatro cores: Preto, branco, cinza e verde. E como achei que White Stripes havia copiado tal idéia de utilizar somente preto, branco e vermelho deles. Me importa em saber que, assim como Ramones & </span><a href="http://liricass.blogspot.com/2010/02/nao-volta-los-hermanos.html"><u><span style="font-family:georgia;color:#006600;"><u>Los Hermanos</u></span></u></a><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">, a banda acaba (não, Type O Negative não pode voltar com outro baixista, vocalista, líder e ícone musical para tentar substituir Peter) em um bom momento, em vez de tentar se reinventar lançando álbuns cada vez piores, repetitivos e sugadores de dinheiro de fãs, como o fazem certas bandas britânicas, australianas e de Nova Jersey que prefiro não citar... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"><br /></span><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;"><span style="color:#333333;">[IYDKMIGTHTKY (Gimmie That</span></span><span style="color:#333333;">)]</span></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Então, resta admirar a arte linda feita por esta grande (literalmente) personalidade, a despeito de sua vida pessoal, problemas com polícia, álcool e drogas. Ninguém tem o direito de julgar, muito menos antes de conhecer a forma belíssima como vidas mudaram em virtude da arte de Peter Steele. Eu vi tais mudanças acontecerem. Vi gente que encontrou de forma quase messiânica nas letras absurdas da banda força para erguer a cabeça e se reinventar, se dando o verdadeiro valor. E hoje, vendo o fim, me resta o saudosismo. Me resta saber que a arte é a linda herança deixada por Pete. Me resta saber que "nascemos póstumos", e que, como dizia o próprio Pete... </span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#cccccc;"></div></span></span><div align="justify"><span style="color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:georgia;color:#333333;">[Love You to </span><span style="font-family:georgia;color:#333333;">Death]</span></div><br /><div align="center"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 257px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5462843811588121538" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_tVFaQZ97Vts/S8_rgNUmo8I/AAAAAAAAADY/Oa9Gx_Nycew/s400/PeterSteele4.jpg" /> <p align="center"><span style="font-family:georgia;"><span style="color:#006600;">1962 - 2010</span><br /><br /></span></p><div align="right"><em><span style="font-family:georgia;color:#cccccc;">Tudo Morre.</span></em></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-21597610329359988962010-04-18T20:39:00.000-07:002010-04-18T21:34:58.048-07:00Meme da Dayane<div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >INDICAR O BLOG QUE TE ENVIOU: <a href="http://www.pensaela.blogspot.com/"><u>Pensaela</u></a></span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >COLOCAR APENAS 1 RESPOSTA EM CADA PERGUNTA. </span><br /><strike style="font-family: georgia; color: rgb(204, 204, 204);">REPASSAR A BRINCADEIRA P 10 BLOGS</strike><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > (hehehe, faz quem quiser, assim como a <a href="http://3.bp.blogspot.com/_a7XU8n6NIiA/S8UadtU5_QI/AAAAAAAAA4M/vduUnFX4Ol8/S220/OgAAAODUe9x-8VzMWpH9IaM2N0Fd_a4r0yenxK6geka1pavHDoOg5em2aeO4gh6AI6wgl4jipt3l7aMi_PV2Z11l2mMAm1T1UBNMIdsBmduYsmEVm722AowOClH-.jpg"><u>Day</u></a> disse.)</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >.</span><br /><strike style="font-family: georgia; color: rgb(204, 204, 204);">E AVISAR OS BLOGS QUE RECEBERAM O SELO</strike><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-weight: bold;font-family:georgia;" > Perguntas:</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > QUAL SEU NOME?</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >H. 0.9 (quem me conhece, sabe).</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > ONDE NASCEU?</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >São Paulo - SP</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >DIA E MÊS DE NASCIMENTO</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >12 de outubro.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > SIGNO</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Libra (com ascendente em Capricórnio, Lua no céu, geralmente à noite, e sol no meio do sistema solar - Não acredito nessas coisas...)</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >COR PREDILETA</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Preto (uma vez Dark, sempre trevoso).</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >PROFISSÃO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Professor (diversas disciplinas, incluindo inglês, turismo e o que mais for necessário).</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >SEU ATOR PREFERIDO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Sou bastante ignorante em relação a cinema, mas admiro Johnny Depp.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >SEU FILME PREFERIDO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >O último que vi e gostei (repito ser um ignorante cinematográfico) foi "Dracula de Bram Stoker".</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >MÚSICA DA SUA VIDA </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >No momento, "Der Brandtaucher"/"Wir Moorsoldaten" do Rome e "Haus der Lüge" do Einstürzende Neubauten.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >SEU CANTOR OU GRUPO PREFERIDO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Einstürzende Neubauten, Laibach, Rome, Diamanda Galás, Ordo [Rosarius] Equilibrio, Madeleine Peyroux, The Cure... Não consigo elencar um só.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >SE FOSSE VIAJAR QUAL PAÍS ESCOLHERIA </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Alemanha. Leipzig, mais especificamente.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >TIME DO CORAÇÃO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >São Paulo Futebol Clube (mas sempre há o ABC de Natal - Meu time honorário).</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >SE VOCÊ PUDESSE CONTROLAR OS PROGRAMAS DA TV O QUE VOCÊ DETONARIA PARA SEMPRE?</span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Odeio TV.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >QUAL O NOME DO SEU BICHO DE ESTIMAÇÃO </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Prince Sniff Amir de Kinjan, mas as pessoas geralmente se referem a ele somente como Sniff. Meu cachorro cérbero.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > QUAL SEU LEMA </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >“Às vezes, só a violência faz o sistema funcionar” - Ann Nocetti.</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >VOCÊ TEM UM SONHO DIFICIL DE ALCANÇAR </span><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >"Eu quero" significa "eu consigo".</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" > O QUE VOCÊ ACHA BONITO FISICAMENTE NO SEU AMOR</span><br /><span style="font-family:georgia;">Não tenho amor (nossa, que triste, não é? Huhauhauah)...</span><br /><br />____________________________________________________________________<span style="font-size:85%;"><br /></span><div style="text-align: right;"><br /><span style="font-style: italic;font-family:georgia;font-size:85%;" >Momentos<br />nos quais<br />me permito a<br />um pouco de futilidade<br />...</span><br /></div></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-76768117224445811082010-04-05T21:16:00.000-07:002010-04-05T17:48:37.524-07:00Eu aprendo<div></div><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);"><span style="font-family:georgia;">(ou </span><span style="font-weight: bold; font-style: italic;font-family:georgia;" >Reflexo de Não-Mais Escondidas Cicatrizes</span><span style="font-family:georgia;">)</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Ana Carolina: "Vox Populi"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 153, 0);font-family:times new roman;font-size:180%;" >E</span>u aprendo que a matemática que leva o ser humano a ter olhos e ouvidos em pares, enquanto a boca vem em carreira-solo, faz muito sentido no que diz respeito à freqüência no uso de tais extensões da anatomia.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Ozzy Osbourne: "I Don't Know"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que o conhecimento é bom. E se souber se disfarçar em ignorância e estupidez, ele pode ser melhor ainda.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Death: "The Philosopher"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que sabedoria sabe ser sacana, e se amplia enquanto se diminui (ou vice versa). E, se sábio, eu saberia, sigilosa e saudosamente, “ser isso socrático”.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Laibach: "Jesus Christ Superstar"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que santos não são representações da Divindade, mas exemplos da possibilidade de alcançá-la preso à condição humana. E também aprendo que quem definiu, dentro de tal contexto, o que me é divino, bom ou mau não fui eu, e por esta razão, não desejo para mim tal santidade. Aprendo que isso pode fazer de mim um herege perante olhos que desejam tal glória, mas se os detentores destes trouxerem à minha presença um sorriso franco em vez de pedras e palavras duras, não hesitarei em abraçá-los com um sorriso igualmente verdadeiro.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Iced Earth: "Harbinger of Fate"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que, muitas vezes, palavras duras são o melhor alento que alguém que se perdeu em labirintos formados pela condescendência excessiva pode receber. Mesmo que esse alguém seja eu.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Rome: "Wir Moorsoldaten"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que a liberdade se faz presente quando o quinto parágrafo de um texto nega o quarto, e eu não me importo com isso a ponto de reescrevê-los, alterando sentimentos e pensamentos em prol da semântica, gramática ou concordância verbal/nominal/lógica.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Red Hot Chili Peppers: "Under the Bridge"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que, por pior que Josef Stálin ou qualquer outro russo (ou russa) tenha sido, ler Dostoievski e ouvir Tchaikovsky não me aproxima negativamente de tais personalidades.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Maria Rita: "Dos Gardenias"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que identificação estética é algo que passa a anos-luz de distância de identificação ideológica. E também aprendo que 85% da população ignora em absoluto este fato, e mataria por tal equívoco.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Comando Blindado: "Volta CCC"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que o ódio que existe no indivíduo desde a mais tenra idade, e que é culturalmente alimentado, pode se dissipar no momento em que uma pessoa de sangue libanês brinda sua Heineken com uma pessoa de sangue judeu. E ambos sorriem, sem se importar com o que seus consangüíneos fazem no Oriente Médio.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[this Mortal coil: "My Father"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que liberdade é afirmar odiar Shakespeare e criar um texto com base em </span><a style="font-family: georgia;" href="http://www.youtube.com/watch?v=sHFhkrIsid0"><u>sua obra</u></a><span style="font-family:georgia;">.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Lacrimosa: "Stolzes Herz (Piano Version)"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que há ritmos de vida diferentes, e que o fato de eu respeitar o ritmo alheio nem sempre levará as pessoas a respeitar o meu. Mas ainda assim, eu poderei ser arrogante e dizer que tentei e estava com a razão.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Type O Negative: "My Girlfriend's Girlfriend"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que dizer a verdade não é algo tão simples para muitas pessoas. E elas que aprendam, afinal, eu não posso aprender todas as verdades do universo, e tenho (dentro de meu egoísmo legitimado por mim mesmo) o pleno direito de me enfurecer com a mentira e as tentativas (geralmente infrutíferas) de me ludibriar. Aprendo que isso pode não ser de fato amor-próprio, porém, é parte de mim e me é de direito desejar manter tal aspecto de minha personalidade.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Diamanda Galás: "Je Rame"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que a perfeição é desagradável, e que há defeitos extremamente divertidos. Muitas vezes, a amoralidade é um deles. Não aprendi ainda se a amoralidade é de fato um defeito ou a ausência deles. Mas, como dito anteriormente, não posso aprender todas as verdades do universo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[Corpus Delicti: "Atmosphere (Joy Division Cover)"]</span><br /><br /><span style="font-family:georgia;">Eu aprendo que gosto de aprender, às vezes mais sobre Calvinismo, psicanálise e gardênias; às vezes mais sobre hotelaria e magia branca; às vezes mais sobre <span style="font-style: italic;">rugby</span> e a cena alternativa de Seattle nos anos 90, e às vezes mais sobre cervejas belgas, música irlandesa e culinária <span style="font-style: italic;">Kosher</span>. Mas estou sempre aprendendo (comentário realizado com o intuito de terminar o texto cinicamente, de forma infantil, inocente e com "síndrome de senso-comum". E seguindo tal tendência <span style="font-style: italic;">mainstream blogger</span>...).</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:georgia;" >[The Doors: "The End"]</span><br /></div><br /><div style="text-align: right;font-family:georgia;"><span style="color: rgb(204, 204, 204); font-style: italic;">E você, aprende ou estagna?</span></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-39613911036932406862010-03-28T16:45:00.000-07:002010-03-29T06:02:09.295-07:00Gentrificação da Essência Artístico-Sentimental<div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >(ou </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Indignação com os Rumos da Arte</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >)</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" >A trajetória poética de Oiticica desloca-se da fatura impecável, quase asséptica, de sua produção inicial, marcada pelo "construtivismo" internacional, para um "construtivismo favelar". Essa chegada ao Brasil pela via universalista da invenção formal "concreta" e "neoconcreta" consuma-se como o escultor Jackson Ribeiro o leva ao Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro. "Tudo começou com a formulação do </span><a href="http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=856"><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" >Parangolé</span></a><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" > em 1964, com toda a minha experiência com o samba, com a descoberta dos morros, da arquitetura orgânica das favelas cariocas (e consequentemente outras, como as palafitas do Amazonas) e principalmente das construções espontâneas, anônimas, nos grandes centros urbanos - a arte das ruas, das coisas inacabadas, dos terrenos baldios etc. </span><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" >Parangolé</span><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" > foi o início, a semente, se bem que ainda num plano de idéias universalista (volta ao mito, incorporação sensorial etc.), da conceituação da Nova Objetividade e da <span style="font-style: italic;">Tropicália</span>."</span><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" >"Hélio Oiticica - Museu é o Mundo"</span><br /><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-family:georgia;" >Curadoria</span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;font-family:georgia;"><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Madball: "Tight Rope"]</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);font-size:180%;" >C</span><span style="color: rgb(204, 204, 204);">onstrutivismo favelar? Arte das ruas? Terrenos baldios? Todos esses termos me remetem às camadas menos abastadas da população, quando penso em Brasil. Quando ouço nomes como Billie Holiday e Nina Simone nas rodas intelectuais regadas pelos melhores vinhos e mais belos cartões de crédito e talões de cheques, me indago sobre a incoerência desta relação. Incoerência? Não compreendeste de qual relação falo? Ou em que consiste tal incoerência? Pois bem...</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Agnostic Front: "Victim in Pain"]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Seria o destino da arte uma espécie de "desvio de carga"? Porque vejo com grande pesar a forma bizarra com a qual representações artísticas oriundas das favelas (não espera tu terminologias politicamente corretas; não lerás aqui "comunidades humildes" ou quaisquer outras formas de hipocrisia, salvo em forma de ironia) e dos marginais (indivíduos à margem da sociedade, geralmente execrados como escória) adentram os meios drapejados de diamantes (pedras preciosas de alto valor financeiro, geralmente conseguidas às custas do trabalho semi-escravo em Serra Leoa, por exemplo), e, por consegüinte, se descaracterizam.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[The Clash: "London Calling"]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">"Mas esse rapaz só pode ser um extremista fundamentalista ou um retrógrado conservador, fechado em seu mundo de arte marginal." - Será?</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Type O Negative: "Halloween In Heaven"]</span><br /><br /><span style="color: rgb(204, 204, 204);">Não me refiro à hermetização da arte, mas à tristeza existente em sua gentrificação¹. A arte de Hélio Oiticica, por exemplo, é claramente inspirada na realidade dos morros cariocas e ambientada na pobreza; e hoje, passados trinta anos de sua morte, encontra-se envolvida por uma aura que, definitivamente, não reflete a favela. Mas a questão é: quantos moradores do Morro da Mangueira admiram este seu ilustre & falecido admirador? Ou de tantos outros "Morros da Mangueira" espalhados por este país? - Quantos dos que conversam em bares caríssimos sobre a genialidade de Billie Holiday ou a beleza inebriante da voz de Nina Simone sabem do que se trata a tristeza inerente em suas interpretações? Quantos possuem na memória as marcas semelhantes às que deram origem a tais obras irrepreensíveis, como </span><a style="color: rgb(204, 204, 204);" href="http://www.youtube.com/watch?v=ktsU01lfzLU"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">"Strange Fruit"</span>,</a><span style="color: rgb(204, 204, 204);"> de Simone?<br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Rudi: "Taivas Saa Odottaa"]</span></span><br /><br /></div><span style="color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Compreende-se não ser possível manter a arte, ou seja qual for a expressão de sentimento, em um claustro eterno, e sequer creio ser esta uma atitude coerente. Mas a apropriação realizada por A e B, e a conseqüente exclusão de C, D e E me é inconcebível. Me entristece não possuir as ferramentas para tal atitude, digamos, revolucionária (ou terrorista), mas as palavras de ordem são: "Toma para ti o que é teu de direito!". </span><br /><div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;"><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Paul Cantelon: "Sunflowers"]</span><br /></div><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 204, 204);font-family:georgia;" >Esquerdista? Terrorista? Não. Simplesmente verdadeiro.</span><br /><br />____________________________________________________________________<br /><div style="text-align: left; color: rgb(204, 204, 204);">¹. <span style="font-size:85%;">O enobrecimento urbano, ou <span style="font-style: italic;">gentrification</span>, diz respeito à expulsão de moradores tradicionais, que pertencem a classes sociais menos favorecidas, de espaços urbanos e que subitamente sofrem uma intervenção urbana (com ou sem auxílio governamental) que provoca sua valorização imobiliária.</span></div></div></div></div></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2949900817180938001.post-3195701095037642652010-03-11T09:13:00.000-08:002010-03-11T10:05:27.298-08:00Trompetes e Saxofones Misantropos de Miles Davis & John Coltrane<div style="text-align: justify; color: rgb(204, 204, 204);">(ou <span style="font-weight: bold; font-style: italic;">Um Breve Ensaio sobre a Misantropia</span>)<br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Ana Carolina: "Hoje Eu Tô Sozinha"]</span><br /><span style="font-family:georgia;"><span style="color: rgb(0, 102, 0);font-size:180%;" ><span style="font-weight: bold;">C</span></span><span style="font-family: georgia;">omo suponho que o título revele, este texto não traz grandes floreios sobre as responsabilidades sociais, tampouco discorre a respeito dos problemas do mundo. Trata-se de uma disgressão acerca do eu. O ego, mais seu centro que suas periferias; o egocentrismo e a misantropia (Em tempo - Misantropia: s.f. Horror à criatura humana; aversão à sociedade.).</span></span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Madeleine Peyroux: "Careless Love"]</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">O fato é que há muito de nós que não nos é inato (percebe, caro leitor, a tendência ao social? Acabo de afirmar que o texto trata do "eu" e engendro, logo de cara, um "nós" em meio às linhas pseudo-misantropas. Mas tem paciência, rogo-te). Quanto não nos é adicionado ao longo de repetidas mentiras e atrasados conceitos, deliberadamente jogados perante nossos olhos, derramados em nossos ouvidos e empurrados glote, epiglote & traquéia abaixo? Todavia, mais preocupante é: Quanto disso não nos é absorvido por vontade própria, e assimilado ao que costumamos corriqueiramente chamar de "eu"?</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[sigur rós: "Milanó"]</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">Pode-se dizer, então, que a partir do momento que este processo se dá com uma parcela considerável de humanos que compartilham de um mesmo território e, teoricamente, de uma mesma cultura, surge algo como uma "consciência coletiva do que é certo, errado, censurável e passível de morte por fuzilamento". A isso se convencionou chamar "Ética" (substantivo). E, a tudo que foge a tais padrões, "Anti-ético" (adjetivo).</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Marilyn Manson: "Coma White"]</span><br /><br /><div style="text-align: center; font-family: georgia;font-family:georgia;"><span style="font-weight: bold;font-size:130%;" >O EGOÍSMO É ANTI-ÉTICO.</span><br /></div><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[300,000 Verschiedene Krawalle: "Transcendental Storm"]</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">Mas o sacrifício, o martírio, a pobreza e o sofrimento são eticamente louváveis. Acredito ser um contra-senso perguntar a razão de um por quê coletivo em um texto abertamente voltado ao âmbito do indivíduo (mesmo já tendo apelado a termos como "humanos", "compartilhar", "coletiva" dentre outros, mas anteriormente roguei-te paciência, caro leitor), então, que haja, enfim, um direcionamento para tantos rodeios acerca das coletividades individuais ou individualidades coletivas dessa famigerada ética e de sua relação com o egoísmo.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Laibach: "God is God"]</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">O fato é que, abandonando qualquer senso de justiça, moral, ética ou conceito social, abraço (sim, eu, H.) afetuosamente a mais eticamente execrável das vicissitudes: do amor ao próximo para o horror social. Da benevolência à crueldade sádica. Da devoção ao desprezo. Do perdão ao esquecimento. Ou (creio ser esta a mais perfeitamente clara descrição) do outro para o eu. Em outros tempos, explicar-me-ia a respeito de razões ou justificativas para tal, mas hoje, não me é necessário. Minha vontade e minha consciência me guiam por onde quer que eu me atreva a pisar, e desta forma, torno-me mais uma vez senhor de meu destino e ações. "Nada permanece.</span><br /><span style="font-family: georgia;">Nada me prende aqui." - já dizia Tilo Wolff. E toda a supracitada exposição sobre os conceitos sociais, a ética e todo o enfadonho deste ensaio nada mais foi que um pano de fundo, uma cozinha de jazz, com o piano, a bateria e o contrabaixo sociais; para que Miles Davis & John Coltrane pudessem solar seus trompetes e saxofones misantropos.</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Laibach: "Krst Pod Triglavom"]</span><br /><br /><span style="font-family: georgia;">Correto? Impetuoso? Belo? Reprovável? Talvez, mas quem julga? Mary Shelley apesentou o criador que vira as costas para a criatura. Quem é o monstro e quem é a vítima? Mas, mais importante que isso é: Se és o monstro, a quem deve tu pedir perdão? Deve tu pedir perdão?</span><br /><br /><span style="color: rgb(51, 51, 51);">[Vomito Negro: "Escape"]</span><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-family: georgia; font-style: italic;">Não. Não mais.</span><br /></div></div>H. 0.9http://www.blogger.com/profile/08390819778275685839noreply@blogger.com2