terça-feira, 2 de abril de 2013

Ao meu comando, baionetas!

(ou Calçando as Botas & Apertando os Cadarços)

A mudança. A tão esperada mudança. Talvez, aquela que trará a solução para todos os problemas. Aguardada ansiosamente. Sem preocupações tampouco questionamentos éticos. Somente a ansiedade infanto-juvenil de viver tempos de paz após longos e tenebrosos invernos infernais. A mudança que fará com que todas as tristezas sejam deixadas para trás. Todos conhecemos esta mudança, mas em raras oportunidades a analisamos. Esta é a mudança do próximo.

[Iced Earth: "Angels Holocaust"]

A mudança no outro diminui nosso problema. A alteração do ser e/ou parecer alheio refrigera a ardência em nossos olhos. E tão natural é esperar pelo bom senso daqueles que seguem por caminhos que ferem a outrem; esperar que eles tenham a consciência de se corrigirem, redimirem-se e tornar nossas vidas menos caóticas, que simplesmente nos esquecemos que estes terceiros podem acreditar estarem certos. E como a mudança é uma porta que só pode ser aberta pelo lado de dentro, permanecemos seguindo por caminhos de pedras, descendo em nossos tobogãs de lâminas, sem perspectiva.

[Jon Schaffer: "Stormrider"]

Frente a tamanho adversário (fugimos? Definitivamente não!), apresenta-se o exército. O Exército de um homem só (no difícil exercício de viver em paz). Esmorecemos, por vezes trememos ao sentir a fraqueza indo embora de nossos corpos, mas cada gota de suor derramada hoje é uma gota a menos de sangue a ser derramado amanhã.

[Immortal: "Battles in the North"]

Deixem que o público entre.
Deixem que a minha ópera comece. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Obliteração da humanidade... Sob um céu pálido e cinza...

(ou Tô na Área, Macacada!)


Acredito que escrever é algo tão inerente a alguns queridos, e havia se tornado tão repetitivo e seco para mim, que o pausar se fez imprescindível. E embora muitos acreditem que uma pausa de mil compassos seja uma forma covarde de se referir ao fim, eu, ouvinte assíduo das longas obras wagnerianas, sempre retorno. Gostaria de dizer "ressurjo tal qual a fênix mitológica", mas soou tão batido e cheio de pompa que preferi simplesmente dizer: Voltei!

[Los Hermanos: "Conversa de Botas Batidas"]


Voltei à escrita, mais um de meus amores. Voltei pra rever os amigos que um dia eu deixei a chorar de alegria... Voltei a mesclar a vida, a música e a letra neste emaranhado que eu mesmo custo a entender, mas prefiro sentir. E sentir sem sentido lógico. Sem explicação científica. Sentir o lirismo efêmero (das coisas que fazem diferença) que me faz tão bem quanto aquele café fresco, forte e fervendo ao som de Chopin. É possível que alguns perguntem (ou que ninguém pergunte nada, o que é mais plausível) o que me levaria a sair do maisdeumanodefrescuracomaliterário, e acredito que respirar vida, em vez de ser consumido por este espaço de tempo (teoricamente destinado a vivê-la) seja a resposta mais plausível. Pessoas e pensamentos que não agregam, não ajudam e não causam no mínimo um sorriso por dia: Esqueci-me delas (e fui/vim sorrir).

[Ludov: "Trânsito"]


Eu não sei o quanto será bom ou agradável retomar a leitura de minhas explosões e visões pouco ortodoxas, mas faço-o por mim, por estar feliz em conseguir produzir novamente e neste exato momento, sentir-me livre para redigir sem nenhum apego estético ou apelo literário. Escrevo para mim, porque sei estar rodeado de olhos lindos. Aos que esperaram, obrigado pela paciência.

[Diogo Nogueira: "Lama Nas Ruas"]


Por meus amigos!
Pela minha família!